Diagnóstico incorreto: a argumentação ajuda a evitá-lo

Introdução

Quando estamos diante de um doente, a decidir um diagnóstico, o nosso cérebro está a integrar toda a informação, fazendo um raciocínio baseado no padrão clínico desenvolvido a partir de experiências anteriores. Mas, mesmo nas situações aparentemente mais óbvias, é necessário prestar atenção aos pormenores, que podem alterar a nossa escolha.

Objectivos

Apresentaremos aqui dois casos clínicos, com um conjunto de sinais e sintomas que permitem ao clínico estabelecer a sua opção diagnóstica, mas ambos apresentam algumas particularidades que devem ser detectadas para desvendar o problema clínico.

Caso 1

Um doente do sexo masculino de meia-idade tinha um diagnóstico prévio de cancro do pulmão esquerdo de células não pequenas, que tinha sido tratado dois anos antes e estava a ser seguido regularmente. O doente começou com febre, tosse e dispneia dois anos após o tratamento inicial. A reação em cadeia da polimerase para o SARS-CoV-2 foi positiva. Mostramos aqui a radiologia pulmonar no momento da admissão no hospital.

 

Que informações são necessárias para completar o quadro clínico do paciente?

Caso 2

Um homem de 72 anos foi diagnosticado há dois anos com cancro do pulmão de pequenas células limitado, no pulmão direito. Iniciou o tratamento e obteve uma resposta completa após seis meses de tratamento. Durante o acompanhamento, começou a apresentar tosse e expetoração, dispneia, mas sem febre. O exame físico mostrava apenas algumas crepitações no pulmão basal esquerdo, mas encontrava-se em bom estado geral. A radiografia simples do pulmão mostrava imagens patológicas em ambas as bases pulmonares.

Mais uma vez, de que informações necessita para completar o quadro clínico do doente?

Se quiser conhecer as explicações e comentários, pode encontrá-los AQUI

Autor: Dr. Lorenzo Alonso

FORO  OSLER

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